Foto; ASCOM/ PREFEITURA Última reunião entre Mão Santa e Wellington Dias sobre crise nos leitos de UTIs
O prefeito de Parnaíba, Mão Santa (DEM) e o governador Wellington Dias (PT) fecharam uma parceria para enfrentar um inimigo em comum: as facções criminosas.
Na tarde de hoje, o governador ligou, pessoalmente, para Mão Santa e firmaram um pacto de trabalho para reduzir a criminalidade em Parnaíba, uma das principais cidades turísticas do estado. 'Mão Santa', que é ferrenho adversário do governo, solicitou ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) Força Nacional para intervir nas ações criminosas que amedrontam a população do litoral.
Hoje, ocorreu uma reunião com a presença da cúpula da segurança em que será criada uma força-tarefa com a presença das Policiais Militar, Civil, Rodoviária Federal, Polícia Federal e Ministério Público Estadual.
A ideia é montar um gabinete de gestão para criar uma “frente contra as facções” na cidade de Parnaíba.
O secretário Municipal de Governo, Fábio Barros, confirmou que a conversa entre Mão Santa e o governador foi bastante proveitosa. “Foi uma conversa boa. A prefeitura vai fazer uma parceria com o governo do estado que prometeu enviar efetivo, viaturas e a prefeitura dará toda estrutura necessária, inclusive cedendo um prédio, para funcionar a força-tarefa”, disse Fábio Barros.
Sobre o pedido da Força Nacional, Mão Santa foi informado que a solicitação foi encaminhada ao Ministério da Justiça e a Casa Civil.
“Vamos aguardar uma resposta do governo federal”, disse Fábio Barros.
A ação emergencial ocorreu após o crescimento alarmante de mortes violentas na região e tem como objetivo diminuir as estatísticas de criminalidade até o final do ano.
O secretário estadual de Segurança, Rubens Pereira, confirmou a criação da força-tarefa e descartou a necessidade de Força Nacional.
“Participaram da reunião os representantes da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal e foi unanimidade entre eles que no momento não é necessário. Vamos agir para resolver o problema com essa força-tarefa e com o gabinete que criamos. Se até dezembro não for resolvido, vamos ver como procedemos”, declarou.
Rubens Pereira explicou que oito viaturas da Polícia Militar de Teresina serão deslocadas para Parnaíba até a próxima sexta-feira (24). Em seguida, um contingente da Polícia Civil também seguirá para o município. Eles vão trabalhar em conjunto com a PRF-PI, PF-PI e Inteligência da Secretaria de Segurança (SSP-PI).
Segundo o secretário, os agentes vão agir em dois eixos: ostensivo e investigativo e serão coordenados por um gabinete gerenciado pelo comandante do 2º Batalhão da PM de Parnaíba, Antônio Pacífico, e pelo delegado Eduardo Ferreira.
“A Polícia Civil participará com o Greco e com a Delegacia Especializada em entorpecentes, investigando e a PM fará esse trabalho ostensivo, com apoio das polícias federais. Todo esse trabalho vai acontecer de forma integrada e terá um balanço a cada 15 dias”, frisou.
Rubens Pereira evitou adiantar as informações que já foram levantadas sobre as facções, segundo ele, para não prejudicar as investigações. No entanto, revelou que elas fazem parte de um movimento de “migração” de grupos vindos do Sudeste, Ceará e do Maranhão.
Da Redação
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