quinta-feira, 16 de abril de 2020
Presidente Bolsonaro demite Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde
Nesta semana, o médico já havia comunicado à sua equipe sobre risco de exoneração. Decisão foi anunciada após reunião entre Mandetta e Bolsonaro, nesta quinta, no Palácio do Planalto
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) confirmou, nesta quinta-feira (16), a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, após uma série de divergências entre os dois sobre estratégias de enfrentamento da Covid-19 no País. Ainda não foi divulgado, oficialmente, o nome do substituto.
No início desta semana, o ministro havia alertado sua equipe sobre sua possível exoneração. Após o anúncio de Mandetta, o Secretário de Vigilância em Saúde e referência em epidemiologia, Wanderson de Oliveira, pediu demissão do cargo na última quarta-feira (15), mas o então ministro não aceitou a demissão do auxiliar. Na tarde desta quinta
Mandetta foi um dos primeiros ministros anunciados no governo Bolsonaro, no entanto, as divergências entre ele e o chefe do executivo vinham se estendendo desde o início da pandemia do coronavírus no País. O presidente já havia revelado intenção de exonerar o ministro do cargo.
Em entrevista ao Fantástico no último domingo (12), Mandetta disse que "[o brasileiro] não sabe se escuta o Ministro da Saúde ou escuta o Presidente", mas ressaltou a importância de uma fala única no governo, que não levasse "dubiedade" à população. Para o Planalto, a entrevista do Ministro na TV "força" a sua demissão.
Mandetta não era o único ministro a discordar de Bolsonaro quanto ao posicionamento sobre as medidas de quarentena. Dois dos nomes mais expressivos do primeiro escalão, Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública, e Paulo Guedes, da Economia, já se declararam publicamente favoráveis às medidas de isolamento social.
Substitutos
Nomes como o do deputado gaúcho Osmar Terra, ex-ministro da cidadania, já foram cotados para a sucessão no comando da Pasta da Saúde. Além de Terra, os nomes do virologista Paolo Zanotto, do anestesiologista Luciano Azevedo, da oncologista Nise Yamagushi e do médico e contra-almirante Antonio Barra Torres, presidente da Anvisa, são cogitados para o cargo.
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